O que você ainda não vê: a visão que abre portas

Nem sempre falta o recurso — às vezes falta o olhar. Um texto para despertar sua percepção e revelar o que já está ao seu redor, mas ainda invisível.

Lukas Galante

4/30/20252 min ler

Tire um momento para observar a imagem acima. Respire lentamente. Permita que as frequências de harmonia, amor, paz e prosperidade banhem você. Isso é mais do que uma imagem... É uma passagem.

Feche os olhos por um instante.

Agora pense: o que você enxerga quando abre?

Provavelmente, o que já conhece.
Sua mente, como uma lente moldada pelas experiências passadas, não vê o que é. Ela vê o que espera ver.

E é por isso que, muitas vezes, mesmo rodeado de possibilidades, a gente sente como se nada estivesse ao nosso alcance. Como se tudo estivesse bloqueado.

A mente filtra a realidade. Ela não capta tudo, apenas o que já aprendeu a reconhecer. E o novo, o inesperado, o extraordinário... muitas vezes passa despercebido.

É aí que uma pergunta começa a abrir espaço:
Onde está o recurso que eu ainda não consigo ver?

Ela muda o estado interior.
Sai do “não tem, não dá, não sei” e entra num lugar de presença, escuta e abertura.
Você começa a buscar com outros olhos. Olhos mais atentos, mais vivos.

A história de Agar no deserto, no capítulo 21 de Gênesis, fala disso com uma força silenciosa.
Ela estava perdida, sem água, acreditando que seu filho morreria. Tudo parecia terminado.
Mas então o texto diz:

"Então Deus abriu os olhos dela, e ela viu um poço de água."

O poço já estava lá.
Não surgiu naquele momento.
O que mudou foi a percepção.

Não foi um milagre externo, mas interno.
Agar estava tão tomada pelo medo que sua visão estava bloqueada. Ela não via o que sempre esteve ao lado dela.
Quando sua consciência se abriu, ela pôde enxergar.

Às vezes, o verdadeiro deserto está dentro. E é lá que o poço precisa nascer primeiro.

Isso também acontece conosco.
Quando estamos imersos em ansiedade, dor ou escassez, nossa visão espiritual se fecha.
Mas quando mudamos nosso estado interior, tudo ao redor parece mudar.
E começamos a perceber o que antes era invisível.

O recurso mais importante não está fora.
Está na capacidade de ver com novos olhos.
E isso pode ser cultivado.

Experimente:

Pela manhã, antes de qualquer distração, repita em silêncio:
Abre os meus olhos, Senhor. Me mostra o que já está aqui.

E durante o dia, sempre que algo parecer travado, pergunte:
Onde está o recurso que ainda não consigo ver?

Talvez a resposta venha em silêncio. Talvez venha num detalhe. Talvez ela já esteja ao seu lado.

O mundo muda quando você começa a ver o que antes não via.
E essa visão verdadeira nasce de um gesto simples: presença.