Entre Céus e Correntes: Navegar a Mente como um Oceano Sagrado
Um convite para refletir sobre os pensamentos como correntes de energia e aprender a navegar com sabedoria entre luz e sombra, presença e criação.
Lukas Galante
4/30/2025


Tire um momento para observar a imagem acima. Respire lentamente. Permita que as frequências de harmonia, amor, paz e prosperidade banhem você. Isso é mais do que uma imagem... É uma passagem.
Feche os olhos por um instante.
Respire fundo.
Agora, imagine sua mente como um vasto oceano.
Nem todo pensamento chega como mar calmo.
Alguns vêm como tempestades. Outros, como brisas suaves.
Existem águas profundas onde verdades antigas dormem... e superfícies agitadas onde medos e desejos dançam inquietos.
Mas e se, em vez de tentar controlar cada onda, a chave estivesse em criar um céu mais claro dentro de si?
Não para evitar a tempestade — mas para compreender que, quando o céu é firme, ele não se abala com o movimento do mar.
“E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.”
— Gênesis 1:6
Essa frase ecoa mais do que uma criação cósmica. Ela sussurra uma verdade interna: separar as águas não é julgar — é discernir. É criar um espaço dentro de si onde os pensamentos possam ser vistos antes de se tornarem ação.
Esse movimento marca o nascimento da polaridade.
Luz e sombra. Cima e baixo. Silêncio e som. Pensamento e impulso.
Como mencionei no último texto aqui no blog — sobre a natureza da água e os ensinamentos do hermetismo — “o que está em cima é como o que está embaixo”.
Assim como o céu reflete no mar, aquilo que carregamos no campo sutil da mente se manifesta nos nossos gestos, palavras e escolhas.
Não existe separação real — existe espelho.
A polaridade não é um erro da criação. Ela é sua linguagem.
É através dela que aprendemos a escolher, a sentir, a evoluir.
Não se trata de eliminar os pensamentos negativos — mas de aprender a atravessá-los com presença.
Talvez o firmamento mencionado nesses textos antigos não seja apenas o céu físico, mas o espaço de consciência entre as águas da mente — um lugar sagrado onde podemos observar sem reagir, separar sem julgar, mergulhar sem nos perder.
A pergunta, então, não é se você terá pensamentos bons ou ruins.
É: qual céu você está permitindo refletir nas suas águas?
Porque, se o céu está turbulento, o mar responde.
Mas, com presença... o espelho se limpa. A direção retorna.
Então hoje, respire. Olhe para dentro.
Não lute contra as ondas.
Mude o céu.
Prática diária sugerida:
Ao acordar, coloque a mão sobre o coração, feche os olhos e diga suavemente:
"Hoje, eu escolho criar um céu interno que inspire as minhas águas."
Ao longo do dia, apenas observe seus pensamentos.
Não tente controlá-los. Apenas perceba de onde vêm… e para onde levam.